segunda-feira, 28 de julho de 2008

História do Piano


Intermediar as mãos e as cordas por algum dispositivo num instrumento musical é uma idéia antiga. O Clavicórdio (séc. XII) foi à primeira tentativa nesse sentido. Uma agulha metálica, acionada por um teclado, fazia este papel. Posteriormente um plectro ou nervuras de penas pássaros foram substituídos no Clavicórdio.
É atribuída a invenção do Piano ao italiano Bartolomeu Cristofori (1665 – 1731). Por volta de 1700 já havia concluído a fabricação de pelo menos um destes instrumentos que chamou de "Gravicembalo col Piano e Forte".
A novidade de Cristofori foi usar os martelos de madeira, revestidos com lã, e um mecanismo sensível ao toque. Assim era possível produzir um timbre aveludado e controlar a intensidade das notas.
No começo o piano custou para se tornar popular porque os primeiros modelos eram muito precários. Apesar de o piano ter sido inventado por um italiano, foram os alemães que, com afinco, levaram a idéia adiante.
Os ingleses passaram também a construir pianos, de mecanismo mais pesado e som mais cheio e rico, considerado pai daquele usado atualmente. As melhorias dos pianos ingleses foram devidas ao famoso fabricante John Brodwood. Bradwood foi responsável por grandes transformações no instrumento: em 1783 patenteia os dois pedais, o pedal surdina e o pedal direito. Em 1790, fabrica o primeiro piano com 5 oitavas e meia e, em 1794, cria o de 6 oitavas.
Erard, em 1821, inventou o duplo escapo. Consistia este em deixar o martelo, depois de ferir a nota, a uma pequena distância da corda e mantê-lo sob total controle da tecla, enquanto ela permanecesse abaixada. O toque de notas repetidas tornou-se, então, possível, pois o duplo escapo permite que se toque repetidamente a mesma tecla.
No século XIX o piano passou por diversos melhoramentos. O número de notas foi aumentado, as cordas ficaram mais longas e grossas e os martelos, antes cobertos por couro, passaram a serem revestidos de feltro, melhorando a sonoridade.
Por volta de 1880, as principais etapas na evolução do piano já haviam sido vencidas. Os fabricantes, agora, incorporavam naturalmente em seus instrumentos as idéias e as melhorias introduzidas durante a primeira metade do século XIX e o período que se seguiu foi apenas de aprimoramento e aperfeiçoamento de determinados detalhes.

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